Reino Unido fora da UE derruba cotações das commodities
Os contratos acompanharam a queda generalizada nas bolsas de valores, enquanto o dólar se fortaleceu ante outras moedas.
A saída do Reino Unido da União Europeia (UE), aprovada em um referendo, na quinta-feira (23/6), atingiu o mercado internacional de commodities agrícolas. Os contratos acompanharam a queda generalizada nas bolsas, enquanto o dólar teve elevação ao longo do dia.
A decisão dos britânicos levou o primeiro-ministro David Cameron a anunciar sua renúncia e a um intenso debate sobre o futuro do bloco europeu. Confirmada a opção pela saída da UE, a reação dos investidores e operadores do mercado foi em direção a ativos considerados mais seguros.
As bolsas na Europa e nos Estados Unidos fecharam em queda. No Brasil, o Índice Bovespa caiu 2,82% (50.105 pontos). No mercado cambial, enquanto o euro e, principalmente, a libra esterlina perderam força, o dólar subiu em relação à maior parte das divisas, incluindo o real. A cotação no Brasil aumentou 0,97% e fechou a R$ 3,37 no câmbio comercial.
“O resultado foi uma surpresa. Até o fechamento de ontem, as apostas ainda eram na permanência do Reino Unido na UE”, diz o economista Roberto Troster. “O mercado comprou boato e vendeu fato e no momento de incerteza, o investidor foge do risco. Depois se acomoda e volta a ficar perto dos níveis de antes”, acrescenta.
A aversão ao risco que levou o dólar à valorização pesou também sobre as principais commodities agrícolas nas bolsas de Chicago e Nova York. A intensa movimentação de capital para ativos considerados seguros para os investidores refletiu nas referências globais de preços.
No mercado de soja, as baixas superaram US$ 0,20, mas as cotações se mantiveram no patamar de US$ 11 por bushel na maioria dos vencimentos. O contrato mais curto, julho fechou em US$ 11,03 por bushel (-US$ 0,214); agosto encerrou a sessão valendo US$ 11,01 (-US$ 0,22); enquanto novembro (que concentra o maior volume de posições) foi cotado a US$ 10,78 o bushel (-US$ 0,23).
No milho, as variações negativas foram entre US$ 0,02 e US$ 0,03 por bushel. O contrato com vencimento em julho ajustou para US$ 3,84 por bushel. Para setembro, o milho foi cotado a US$ 3,89 e para dezembro a US$ 3,94 por bushel.
O contrato de trigo para julho em Chicago subiu US$ 0,04 e foi cotado a US$ 4,54 por bushel. A queda mais acentuada ocorreu no setembro, que fechou a US$ 4,65 (-US$ 0,06). Para dezembro, o trigo fechou cotado a US$ 4,84 por bushel.
Influenciado pelo cenário macroeconômico nesta sexta-feira, o mercado de grãos em Chicago pode encontrar alguma sutentação na próxima semana, acredita o diretor da AGR Brasil, Pedro Dejneka. Ele lembra que os operadores em Chicago também observam a situação climática nos Estados Unidos e esperam o próximo relatório trimestral de estoques, a ser divulgado pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA) na próxima quinta-feira (30/6).
“Os gráficos apontaram para baixo e o fechamento desta sexta-feira foi tecnicamente negativo para soja e milho. Não me surpreenderia se houvesse alguma sustentação das cotações até a entrada do relatório. Mas o clima ainda é favorável nos Estados Unidos”, analisa Dejneka, que espera volatilidade no mercado até a quinta-feira.
Nova York
O mercado futuro de café arábica na bolsa de Nova York encerrou o dia abaixo de US$ 1,40 por libra-peso nos primeiros contratos. Para julho a cotação ficou em US$ 1,3435 (-490 pontos ou –US$ 0,049). Para setembro, o ajuste foi de US$ 1,3715 por libra-peso. O contrato para dezembro encerrou em US$ 1,3990.
“Essa reação imediata é compreensível, mas os fundamentos do mercado de café são sólidos e suas cotações devem se recuperar após análises mais consistentes”, avaliou, em boletim de mercado, o corretor Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP).
O açúcar encerrou o dia com leve baixa, mas os contratos de curto prazo mantendo-se cotados na casa dos US$ 0,19 por libra-peso. Julho encerrou a US$ 0,19 e outubro a US$ 0,1916.
O suco de laranja teve quedas de 90 a 180 pontos nos contratos com vencimento neste ano. Julho encerrou a sexta-feira a US$ 1,6625, setembro a US$ 1,6970 e novembro a US$ 1,6910 por libra-peso.
Nos contratos de algodão, julho terminou em US$ 0,6450 por libra (-380 pontos), agosto a US$ 0,6483 (-790 pontos) e o vencimento para dezembro fechou o último pregão da semana cotado a US$ 0,6442 (-10 pontos).
FONTE: GLOBO RURAL. POR: RAPHAEL SALOMÃO.
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